Padres do Alto Tietê falam sobre repercussão da escolha do novo papa no Vaticano
08/05/2025
(Foto: Reprodução) Papa Leão XIV foi escolhido como o novo chefe da igreja católica. Padres do Alto Tietê que estão no Vaticano, contaram ao g1 como foi a reação das pessoas e o que esperam de Leão. Conclave reúne multidão na Praça de São Pedro, no Vaticano
Evandro Medeiros
Após a morte do papa Francisco, o conclave elegeu um sucessor para o cargo. Robert Francis Prevost foi escolhido o novo chefe da igreja católica. Padres do Alto Tietê que estão no Vaticano contaram ao g1 como foi a reação das pessoas na Praça São Pedro e o que elas esperam de Leão XIV.
Diogo Shishito foi ordenado padre em Mogi das Cruzes, e atualmente é membro da equipe de cerimônia do Vaticano e mora no país. Ele relatou que havia 25 mil pessoas na praça e muitos brasileiros. Entre eles, sacerdotes e turistas que estavam a passeio e outros que foram propositalmente para acompanhar o conclave.
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Os brasileiros presenciaram atentos o anúncio feito pelos cardeais. Muitos deles consideraram diferente um papa ter o nome Leão.
“Porque, pra nós do Brasil, Leão não é um nome comum, quem não conhece a história da igreja acha estranho. Mas, como o próprio nome diz, Leão XIV significa que já tivemos outros 13 papas com esse nome na história da igreja. Entre nós, esse é um nome bem significativo. […] Então, o nome escolhido por ele é também um sinal daquilo que ele vai fazer como missão”, relatou Shishito.
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Robert Francis Prevost é o novo papa e escolhe o nome Leão XIV
Shishito explicou que o papa Leão XIII instituiu na igreja um documento importante que se chama ‘Rerum Novarum’. Essa escritura está ligada à doutrinação social do catolicismo, ou seja, o cuidado que a igreja deve ter com os mais vulneráveis.
Segundo Shishito, a história do novo líder da Igreja leva a pensar que ele vai continuar aquilo que Francisco fez, pois está antenado à sociedade dos últimos tempos.
“Pelo o que nós ouvimos no discurso de abertura, ele repetiu várias e várias vezes o seu desejo pela paz, de construir pontes e não muros. Sua história é de alguém que viveu a missão e veio de uma família de imigrantes que saiu dos Estados Unidos e migrou para o Peru. Então, é um papa que com certeza está atento a algumas necessidades que Francisco já colocava como destaque”.
Papa Leão XIV acena ao público em sua primeira aparição no Vaticano
Guglielmo Mangiapane/Reuters
Alto Tietê no Vaticano
Um grupo formado por seis padres da região desembarcou na Itália no dia 29 de abril para passar férias, após a Páscoa. Dois dias após o sepultamento do papa Francisco.
O objetivo, além de descansar, era participar do Jubileu da Esperança e passar pelas Portas Santas, mas a viagem se tornou um momento histórico para eles.
“Tivemos a alegria de participar das missas das Novendialis (missas em Sufrágio do Papa Francisco) e acompanhar todo processo do Conclave. Na hora da fumaça branca, um sentimento de alegria inundou a praça de São Pedro”, destacou Padre Robson Martinelli, pároco da igreja São Gabriel da Virgem Dolorosa, Itaquaquecetuba.
De acordo com Martinelli, era grande o número de brasileiros na praça e bandeiras do Brasil estavam por todos os lados. O pensamento do público na hora da confirmação era o mesmo: que seja um bom papa para a Igreja e para a humanidade.
“’Habemus Papam!’ O momento mais esperado! Incrível perceber a força da fé, da Igreja e de sua história. O mundo estava voltado para uma chaminé, […] aguardando aquele que viria para nos conformar na fé, sinal visível da unidade da Igreja, sucessor de Pedro”.
A expectativa do padre de Itaquaquecetuba é que o papa Leão XIV seja um sinal de paz em meio às guerras e que continue o trabalho de Francisco, para que a Igreja esteja aberta a todos.
Grupo de padres do Alto Tietê foi à Itália passar férias e participou do momento da escolha do novo papa
Robson Martinelli
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